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\\ ARIOVALDO JR.

A possibilidade de expressar o que sinto, sem a necessidade de recorrer ao uso das palavras, foi o que me levou a dançar desde muito cedo.

 

Por dez anos, estudei e me inspirei no trabalho de grandes nomes da dança, como Ivaldo Bertazzo e Rudolph Laban. Ao mesmo tempo testava suas teorias ao coreografar jovens de grupos de teatro estudantil.

 

Foi assim, que desenvolvi minha própria metodologia de trabalho, que tem foco no indivíduo desconhecedor das técnicas de dança. Indivíduo que se envolve com essa arte pelo prazer que esta lhe proporciona. Nesse processo, a técnica é fator secundário, é complemento de um bailarino que aprende a dançar de dentro para fora, apoiando-se em seu repertório cotidiano de movimentos, suas emoções e experiências pessoais.

 

Ao mesmo tempo, o papel do coreógrafo neste processo se transforma. Ele torna-se um canalizador, já que encontra nessa metodologia vasto material de trabalho. É o que chamo de "Criação Involuntária", quando o bailarino guiado por suas emoções cria a base para o coreógrafo desenvolver uma coreografia e até um espetáculo.

 

Este conceito de trabalho é bem diferente do que a sociedade está acostumada a se deparar. Quantas companhias e academias de dança não valorizam primeiro o ensino da técnica para depois conhecer o repertório pessoal de seus componentes? Isto, quando conhecem. Quando estes bailarinos não se tornam meros reprodutores de passos pré-determinados.

 

Em 2010, quando criei a TRIO Cia. De Dança tratei de experimentar esse conceito. A continuidade e o crescimento da companhia, constata e aprimora minha tese. Hoje, não tenho dúvidas de que dançar é para todos.

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